Numa cidade em constante mutação, há pequenos recantos que se mantêm mais ou menos intocados. São locais que nos transportam no tempo e que, adaptados à nova Lisboa, mantêm a essência e o charme original.
Os estabelecimentos retratados neste projecto mantêm uma especificidade de ofícios que se perdeu no comércio moderno, mais global e genérico. Esta especificidade aos poucos vai recuperando terreno e o interesse das novas gerações, seja por mero revivalismo seja pela procura da individualidade. Estes locais mantêm a sua importância no quotidiano Lisboeta, não só pela sua história como pela capacidade que têm de caracterizar a cidade e os seus habitantes, e merecem atenção para evitar o seu desaparecimento.
Esta exposição pretende dar essa atenção às particularidades destes locais usando como meio uma técnica fotográfica que também remete para tempos passados, que quase desapareceu e que recuperou, nos últimos anos, alguma da sua importância: a fotografia instantânea.
Através de 22 dípticos, cruza-se o trabalho quase de arquivo com um olhar mais particular do fotógrafo numa viagem pela Lisboa de outros tempo que faz parte ainda da nova Lisboa.
Este projecto surgiu de um desafio da Associação cultural Gerador e foi exposto no festival "Trampolim Gerador" a 12 de Outubro de 2019 e mais tarde, durante o mês de Novembro, na Central Gerador, no Lumiar. Nesta última contou com um mural pintado pela artista Rita Faia que retratava o mapa das localizações das lojas. Ambas as exposições contaram com uma pequena mesa de escritório onde estavam expostas as fotos não aproveitadas para os dítpicos, os "erros", assim como produtos adquiridos em várias das lojas retratadas.
Fotos da exposição - Bárbara Monteiro
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